
Lançado recentemente pela Netflix, O Estado Elétrico (The Electric State), dirigido pelos irmãos Anthony e Joe Russo, é mais do que um filme de ficção científica. É também um convite — ainda que mal executado — à reflexão sobre os rumos da sociedade digital. Com orçamento estimado em US$ 320 milhões, a obra se consagra como a produção mais cara da história da plataforma, mas tem enfrentado duras críticas justamente por não aprofundar os temas que propõe.
Baseado no livro homônimo do artista e autor sueco Simon Stalenhag, o longa retrata uma América alternativa dos anos 1990, assolada por uma guerra entre humanos e robôs inteligentes. A trama apresenta um cenário distópico em que a humanidade vence a guerra, mas acaba dominada por uma nova forma de controle: a realidade virtual. Em vez de um apocalipse explosivo, o colapso social se dá por apatia. Crianças, adultos e idosos trocam suas atividades reais por estímulos digitais, tornando-se dependentes de uma tecnologia que, embora sedutora, mina a autonomia e a conexão humana.
Fonte: Jornal Alfredo Wagner
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